Pedaços de Canções
As folhas de um pinheiro
A luz de um sol sereno
Nem pareço estar aqui
O gosto da vitrola
Ao som de um café
Pedaços de canções que eu vivi
Em pedaços de canções eu me perdi
Mais tarde, encontro o meu papel
No presente que um dia vou cantar
Mais tarde, a gente encontra o céu
Em pedaços de canções que ainda não vi
Em pedaços de canções eu me perdi
Eu nem pensava, mas
Fingindo ter os pés em água fria
Eu duvidei da paz
Eu duvidei da vida em nostalgia
Eu nem pensava mais
Pensava...
Enquanto Seus Passos
Eu distante, outra morada
O chão sempre insistindo em se mover
Você a se queixar do mundo
Entristecia um pouco a cada mês
Nós dois em ônibus lotado
Todo dia, todo entardecer
Depois, foi um pra cada lado
E, agora, ao lado eu não via você
Mas eu não sinto a sorte desatando os nós
Enquanto seus passos não escutam minha voz
Deixei o vento e o som guiando
Um barco de jornal em alto-mar
Quem vai acreditar que algum dia
Esse veleiro vingará?
Mas eu não sinto a sorte desatando os nós
Enquanto seus passos não escutam minha voz
De tanto ouvir cantar
Vai saber por que
Mesmo sem poder ver
Onde você está
Eu vou continuar
De longe a afirmar
Que eu não sinto a sorte nos deixando sós
Enquanto seus passos não escutam minha voz
Tesoura Grisalha
Tão longe passaria
O barbeiro, a companhia
De frente a uma Brasília
Mais azul que o céu do dia
Uma voz
Que me levava a tanto tempo
Aos poucos
Eu me lembrava que há muito tempo
Eu não aproveitava aquela voz
Como devia
Um nó contra a vontade
À garganta subia
E por sorte
Nem a tesoura ou a navalha
Cortam felicidade que tímida se espalhava
Em mim
Cabelos formam chuva prateada
Pra onde eu olho encontro tesoura grisalha
Cortando qualquer rumo a algum fim
Fio a fio a fio até que eu caia
Em mim
Folha Nova
Ah! O meu coração era de papel
Até saber o que é o amor
E ao papel renunciou
Ah! O meu coração despencou do céu
E muito fundo se enterrou
Como quem não quer se mostrar
Ah! O meu coração nunca segue só
É quase sempre mais de três
Sempre mais de um por vez
Era folha nova
Amassou, rabiscou
O que será que lhe fizera?
Era folha nova
Me usou, dispensou
Estilhaçou qualquer quimera
Era folha e só
Eu Sei
O seu sorriso azul não tenho mais
Eu sei que te perdi
Paro na estrada e olho pra trás
Só pra me despedir
Não sei lidar com o fim não te ver mais
É nunca mais sorrir
Eu sei
Talvez ela nem queira mais conversar lá na beira do mar
Talvez deitar na areia pra descansar
Lá na beira do mar
Eu sei...
A Dança
Não tenha medo de ter
Seu tempo e a licença pra sonhar
Mas se o futuro é incerto
E em um minuto o sonho muda de lugar
Não imagine a dor
Pois ela pode arrancar algumas flores
Do seu caminho, amigo
Abra os olhos pra ver o que está lá
Algumas pedras, empecilhos, amuletos
E você ainda de pé
Se o que é dado é sem graça
Então não vejo a desgraça em poder lutar
Só não me deixe fora dele
Quando aprender a caminhar
Não tenha medo
O azedo anda apenas com quem não consegue ver
Que logo o fim dessa estrada se apresenta
E mostra o que você não fez
Mais uma vez
Só não me deixe fora dele
Quando aprender a caminhar
A esperança é uma dança
E não convém poupar o tempo
O seu destino é sua festa
Em um grande salão vazio
Só não me deixe fora dele
Quando aprender a dançar
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